Patrimônio Imaterial da Bahia desde 2010, a Festa da Boa Morte, que acontece em Cachoeira, no Recôncavo Baiano, já teve a sua programação 2018 divulgada.
A história da Irmandade da Boa Morte é uma das maiores manifestações culturais do Recôncavo Baiano, passada de mãe para filha por 23 mulheres negras. Para fazer parte da Irmandade, as irmãs precisam ter mais de 50 anos e serem descendentes de africanos.
O culto à Nossa Senhora foi difundida pelo mundo ocidental, desde o século IX, através da expansão católica. As festividades têm forte tradição portuguesa, mas sofreu influência do catolicismo afro-brasileiro.
De acordo com a secretaria do Turismo do Estado (Setur), os festejos da Boa Morte atraem muitos olhares porque contam a história de mulheres negras que conquistaram espaço na sociedade e decidiram se unir para comprar a liberdade daqueles que ainda eram mantidos no modelo escravagista.
Em Salvador, a devoção a Nossa Senhora da Boa Morte é registrada desde o séc. XIX, exclusivamente feminina, localizada na Igreja da Barroquinha, em Salvador. A transferência da Irmandade para a cidade de Cachoeira ocorreu por volta de 1820.
Na cidade do Recôncavo Baiano, a Irmandade se instalou na casa de nº 41, chamada de Casa Estrela, local ainda hoje reverenciado pelas irmãs durante o trajeto da procissão.
Autoria: RO