Publicado em 21/07/2017 11h52

EUA treinarão policiais federais no Brasil para rastreamento de armas

Ricardo Senra Da BBC Brasil em Washington

Agente da ATF

Delegados e agentes da Polícia Federal brasileira serão treinados por forças de segurança dos Estados Unidos para identificar a origem de armas de fogo apreendidas em operações em todo o país.

Um acordo bilateral entre os dois países foi assinado pelo ministro da Justiça, Torquato Jardim, e oficiais do Escritório de Armas, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF, na sigla em inglês) do Departamento de Justiça dos EUA, na última terça-feira, em Washington (EUA).

O documento prevê que oficiais americanos venham ao Brasil para ensinar delegados e agentes da Polícia Federal a usar um sistema digital de rastreamento criado pelo governo americano em 2005. As primeiras negociações para este acordo aconteceram em 2010 - mas só nesta semana o martelo foi batido.

Segundo o ministro da Justiça, que ocupa o cargo há pouco mais de dois meses, o governo do presidente Michel Temer quer expandir o intercâmbio de tecnologia com as forças de segurança dos EUA.

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"Agentes brasileiros já foram treinados na Flórida para controle de embarcação no mar, em aeroportos. Outros agentes brasileiros já tiveram treinamento no FBI, na CIA, e não é só drogas e armas, estamos treinando gente para reconhecer dinheiro falso ou pirataria de produtos de toda natureza, como medicamentos", afirmou Torquato Jardim, em entrevista à BBC Brasil.

"É isso que eu quero expandir, esse é o objetivo principal da viagem, essa cooperação".Torquato Jardim e Thomas E. Brandon

'Risco'

Questionado se o compartilhamento de dados sigilosos com a CIA e o FBI poderia colocar em jogo a soberania nacional, o ministro da Justiça afirmou que "isso é risco", mas que a relação trará "bom custo-benefício para o Brasil", porque "a segurança nacional depende de colaboração internacional".

"Não adianta você dar grito de segurança nacional em abstrato, se você não combate o narcotráfico dentro do seu próprio país", afirmou. "É relação custo-benefício: outras coisas muito mais importantes serão conhecidas."

Em 2013, a revelação de que aAgência Nacional de Segurança americana (NSA, na sigla em inglês) havia espionado a então presidente Dilma Rousseff, ministros do governo e executivos da Petrobras por meio de gravações telefônicas, causou um conflito diplomático entre Brasil e EUA e levou Dilma a cancelar uma viagem que faria para encontrar o então presidente americano, Barack Obama.

Ao ser lembrado do episódio, Jardim disse que "não precisa nem citar o americano que fez isso ou aquilo com tal ou qual personalidade brasileira, nós fazemos isso lá dentro, qualquer país vigia qualquer um".

Para o ministro, os EUA são o país com maior "tradição de cooperação" nas Américas. "Isso vem desde a segunda Guerra Mundial. São quem tem a tecnologia mais aplicável ao nosso ambiente. O mercado americano é o mais próximo do nosso", afirmou Jardim, que fica até a semana que vem nos Estados Unidos para reuniões com autoridades em Washington e Nova York.

Segundo o ministro da Justiça, o Brasil se tornou o segundo maior mercado do mundo para o tráfico de drogas e armas - só atrás dos Estados Unidos.

O Escritório de Armas, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos do governo americano confirmou a assinatura do acordo com o Brasil.

Contrapartida

Os treinamentos não terão custopara o governo brasileiro, segundo o ministério da Justiça, que discute agora com os americanos os detalhes técnicos da parceria, como datas e a quantidade de agentes americanos necessária para o treinamento.

 

'Risco'

Questionado se o compartilhamento de dados sigilosos com a CIA e o FBI poderia colocar em jogo a soberania nacional, o ministro da Justiça afirmou que "isso é risco", mas que a relação trará "bom custo-benefício para o Brasil", porque "a segurança nacional depende de colaboração internacional".

"Não adianta você dar grito de segurança nacional em abstrato, se você não combate o narcotráfico dentro do seu próprio país", afirmou. "É relação custo-benefício: outras coisas muito mais importantes serão conhecidas."

Em 2013, a revelação de que aAgência Nacional de Segurança americana (NSA, na sigla em inglês) havia espionado a então presidente Dilma Rousseff, ministros do governo e executivos da Petrobras por meio de gravações telefônicas, causou um conflito diplomático entre Brasil e EUA e levou Dilma a cancelar uma viagem que faria para encontrar o então presidente americano, Barack Obama.

Ao ser lembrado do episódio, Jardim disse que "não precisa nem citar o americano que fez isso ou aquilo com tal ou qual personalidade brasileira, nós fazemos isso lá dentro, qualquer país vigia qualquer um".

Para o ministro, os EUA são o país com maior "tradição de cooperação" nas Américas. "Isso vem desde a segunda Guerra Mundial. São quem tem a tecnologia mais aplicável ao nosso ambiente. O mercado americano é o mais próximo do nosso", afirmou Jardim, que fica até a semana que vem nos Estados Unidos para reuniões com autoridades em Washington e Nova York.

Segundo o ministro da Justiça, o Brasil se tornou o segundo maior mercado do mundo para o tráfico de drogas e armas - só atrás dos Estados Unidos.

O Escritório de Armas, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos do governo americano confirmou a assinatura do acordo com o Brasil.

Contrapartida

Os treinamentos não terão custopara o governo brasileiro, segundo o ministério da Justiça, que discute agora com os americanos os detalhes técnicos da parceria, como datas e a quantidade de agentes americanos necessária para o treinamento.

 

'Risco'

Questionado se o compartilhamento de dados sigilosos com a CIA e o FBI poderia colocar em jogo a soberania nacional, o ministro da Justiça afirmou que "isso é risco", mas que a relação trará "bom custo-benefício para o Brasil", porque "a segurança nacional depende de colaboração internacional".

"Não adianta você dar grito de segurança nacional em abstrato, se você não combate o narcotráfico dentro do seu próprio país", afirmou. "É relação custo-benefício: outras coisas muito mais importantes serão conhecidas."

Em 2013, a revelação de que aAgência Nacional de Segurança americana (NSA, na sigla em inglês) havia espionado a então presidente Dilma Rousseff, ministros do governo e executivos da Petrobras por meio de gravações telefônicas, causou um conflito diplomático entre Brasil e EUA e levou Dilma a cancelar uma viagem que faria para encontrar o então presidente americano, Barack Obama.

Ao ser lembrado do episódio, Jardim disse que "não precisa nem citar o americano que fez isso ou aquilo com tal ou qual personalidade brasileira, nós fazemos isso lá dentro, qualquer país vigia qualquer um".

Para o ministro, os EUA são o país com maior "tradição de cooperação" nas Américas. "Isso vem desde a segunda Guerra Mundial. São quem tem a tecnologia mais aplicável ao nosso ambiente. O mercado americano é o mais próximo do nosso", afirmou Jardim, que fica até a semana que vem nos Estados Unidos para reuniões com autoridades em Washington e Nova York.

Segundo o ministro da Justiça, o Brasil se tornou o segundo maior mercado do mundo para o tráfico de drogas e armas - só atrás dos Estados Unidos.

O Escritório de Armas, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos do governo americano confirmou a assinatura do acordo com o Brasil.

Contrapartida

Os treinamentos não terão custopara o governo brasileiro, segundo o ministério da Justiça, que discute agora com os americanos os detalhes técnicos da parceria, como datas e a quantidade de agentes americanos necessária para o treinamento.

 

Armas no Rio de Janeiro

Segundo o governo americano, o sistema, chamado e-trace, atua na identificação da origem de armas de fogo apreendidas em operações policiais, com o mapeamento do caminho feito pelas armas desde a compra original, passando por todos seus os registros até a apreensão, pela Polícia Federal.

A ferramenta foi criada para auxiliar investigações criminais nos Estados Unidos e no exterior, seja pela identificação de donos das armas, de possíveis traficantes ou de rotas ilegais.

De acordo o departamento de Justiça dos EUA, o e-trace permite que oficiais tenham "uma plataforma de informação para desenvolver as melhores estratégias de investigação para reduzir a criminalidade e a violência relacionadas a armas de fogo".

Em contrapartida, as informações obtidas em operações no Brasil alimentarão o banco de dados do governo americano, que já exportou a ferramenta para mais de 40 países, especialmente no Caribe, América Latina e Europa.

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Agenda de visitas

A agenda do ministro da Justiça em Washington incluiu uma palestra sobre independência entre os poderes no Brasil, realizada na quarta-feira pelo Brazil Institute do Woodrow Wilson Center.

Além do acordo, assinado com Thomas E. Brandon, chefe do Escritório de Armas, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos do departamento de Justiça americano, a viagem também inclui reuniões com o Secretário-Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, e uma visita à Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, onde reunião discutirá a situação dos refugiados no Brasil.

O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, também está na capital americana participando de reuniões com os departamentos de Estado e de Justiça dos Estados Unidos.

 

Autoria: BBC

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